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Quem sou eu

domingo, 29 de maio de 2011

Soneto da Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento



Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto


Que mesmo em face do maior encanto


Dele se encante mais meu pensamento.





Quero vivê-lo em cada vão momento


E em seu louvor hei de espalhar meu canto


E rir meu riso e derramar meu pranto


Ao seu pesar ou seu contentamento





E assim, quando mais tarde me procure


Quem sabe a morte, angústia de quem vive


Quem sabe a solidão, fim de quem ama





Eu possa me dizer do amor (que tive):


Que não seja imortal, posto que é chama


Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinicius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.




Arte Naif

Arte Naïf ou arte primitiva moderna. O termo Arte Naïf aparece no vocabulário artístico, em geral, como sinônimo de arte ingênua, original e/ou instintiva, produzida por autodidatas que não têm formação culta no campo das artes. Nesse sentido, a expressão se confunde freqüentemente com arte popular, arte primitiva e art brüt, por tentar descrever modos expressivos autênticos, originários da subjetividade e da imaginação criadora de pessoas estranhas à tradição e ao sistema artístico. A pintura Naïf se caracteriza pela ausência das técnicas usuais de representação (uso científico da perspectiva, formas convencionais de composição e de utilização das cores) e pela visão ingênua do mundo. As cores brilhantes e alegres - fora dos padrões usuais -, a simplificação dos elementos decorativos, o gosto pela descrição minuciosa, a visão idealizada da natureza e a presença de elementos do universo onírico são alguns dos traços considerados típicos dessa modalidade artística.


A história da pintura Naïf liga-se ao Salon des Independents [Salão dos Independentes], de 1886, em Paris, com exibição de trabalhos de Henri Rousseau (1844 - 1910), conhecido como "Le Douanier", que se torna o mais célebre dos pintores naïfs. Com trajetória que passa por um período no Exército e um posto na Alfândega de Paris (1871-1893), de onde vem o apelido "Le Douanier" (funcionário da alfândega), Rousseau dedica-se à pintura como hobby. Pintor, à primeira vista, "ingênuo" e "inculto", pela falta de formação especializada, dos temas pueris e inocentes, é responsável por obras que mostram minuciosamente, de modo inédito, uma realidade ao mesmo tempo natural e fantasiosa, como em A Encantadora de Serpentes, 1907.Seu trabalho obtém reconhecimento imediato dos artistas de vanguarda do período - como Odilon Redon (1840 - 1916), Paul Gauguin (1848 - 1903), Robert Delaunay (1885 - 1941), Guillaume Apollinaire (1880 - 1918), Pablo Picasso (1881 - 1973), entre outros -, que vêem nele a expressão de um mundo exótico, símbolo do retorno às origens e das manifestações da vida psíquica livre e pura. Em 1928, o colecionador e teórico alemão Wilhelm Uhde (1874 - 1947) - um dos descobridores do artista - organiza a primeira exposição de arte naïf em Paris, reunindo obras de Rousseau, Luis Vivin (1861 - 1936), Séraphine de Senlis (1864 - 1942), André Bauchant (1837 - 1938) e Camille Bombois (1883 - 1910). Mais tarde, o Museu de Arte Moderna de Paris dedica uma de suas salas exclusivamente à produção naïf.

No século XX, a Arte Naïf é reconhecida como uma modalidade artística específica e se desenvolve no mundo todo, sobretudo nos Estados Unidos, na ex-Iugoslávia e no Haiti.

No Brasil, especificamente, uma série de artistas aparece diretamente ligada à pintura Naïf, como Cardosinho (1861 - 1947), Luís Soares (1875 - 1948), Heitor dos Prazeres (1898 - 1966), José Antônio da Silva (1909 - 1996) e muitos outros.

Atualmente podemos dizer que o Brasil é um dos grandes representantes da Arte Naif mundial. Por ser um país de imensos contrastes, com uma cultura resultante do amálgama de inúmeras outras (a africana, a européia e a indígena), ele é um canteiro fértil para o surgimento e desenvolvimento dessa forma de expressão artística. Apesar desse imenso potencial, somente na década de 50, o Brasil começou a dar atenção a esse grupo de artistas, com as primeiras exposições de Heitor dos Prazeres, Cardosinho, Silvia de Leon Chalreo e José Antonio da Silva. Depois desse início, as décadas de 60 e 70, vão conhecer uma verdadeira explosão de pintores naifs brasileiros, tais como: Ivonaldo, Isabel de Jesus, Gerson Alves de Souza, Elza O . S., Crisaldo de Moraes, José Sabóia e muitos outros.

A Galeria Jacques Ardies, que está localizada na Vila Mariana-SP iniciou suas atividades em agosto de 1979, tendo por vocação a divulgação e a promoção da Arte Naif brasileira.

                                                            Hoje a festa é da vovó-Ana Maria Dias


Fonte:
http://www.ardies.com/
http://oseculoprodigioso.blogspot.com/
http://www.itaucultural.org.br/
http://www.wikipedia.org/

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Toalha Redonda-Crochê


 

Encontrei esta linda toalha em http://belartesanato.arteblog.com.br/20721/Toalha-Redonda

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Mediunidade

A faculdade mediúnica, tanto a natural como a de prova, não é fenômeno de nossos dias, destes dias nos quais o Espiritismo encontrou seu clímax, mas sempre existiu, desde quando existe o homem. Sim, porque foi principalmente por meio dela que os Espíritos diretores puderam interferir na evolução do mundo, orientando-o, guiando-o, protegendo-o.


Já sabemos que a mediunidade é problema complexo no que se refere às suas manifestações e natureza, podendo, por isso, ser encarada sob vários pontos de vista.

Quanto a sua razão ser, todavia, afeta dois aspectos que são fundamentais e originalmente opostos, a saber: ou é faculdade própria do Espírito, evolutiva, ou é capacidade transitória de emergência, obtida por graça, com auxílio da qual o Espírito pode apressar a sua marcha e redimir-se.

No primeiro caso, o Espírito já convenientemente evoluído é senhor de uma sensibilidade apurada, que lhe permite vibrar normalmente em planos superiores, sendo a faculdade puramente espiritual.

No segundo caso, foi fornecida ao médium uma condição psicossomática especial, não hereditária, que lhe permite servir de instrumento aos Espíritos desencarnados para suas manifestações, bem com demonstra outras modalidades da vida espiritual.

Conquanto os efeitos sejam, nos dois casos, mais ou menos semelhantes, diferentes são, todavia, as causas e os valores qualitativos das faculdades.

Edgard Armond. Mediunidade, seus aspectos, desenvolvimento e utilização (Extrato do tema).

quinta-feira, 12 de maio de 2011

De Passagem

Irmão,
Enquanto gemes,
Cresce a erva para curar-te as dores,
E enquanto dormes
A pedra te sustenta a habitação.

Enquanto te desfazes em revolta,
O verme permanece trabalhando,
Submisso ao Senhor,
No preparo do chão para que a vida não cesse.

Enquanto te confias
A impropérios da queixa,
Dispõe-se a gota d'água
A socorrer-te a sede.

Enquanto te enveredas
No labirinto imenso
Da palavra insincera ou do tempo perdido,
O minúsculo grão
Desenvolve-se, humilde,
Para atender-te a fome e ajudar-te o celeiro.
Ao redor de teus passos.
Tudo clama – "que fazes?"

Entretanto,
Guardas ouvidos surdos
E as tuas mão inertes
Rogam, em vão, o amparo
Que deviam por si mesmas,
Enriquecendo o bem para a luz imortal.

Abre o teu coração
À glória da verdade e à fonte do amor
Que dimanam sem termo
Do Coração da Vida.
Para que o Sol Divino
Encontre no teu peito
O instrumento ideal de manifestação,
Porque as bênçãos do corpo
É qual a flor da erva,
Hoje brilhando ao céu, amanhã, semimorta...

E o Pai Justo e Bondoso
Que rege o grão de pó e as estrelas suspensas
Vela, agindo conosco,
Dentro e fora de nós,
Perguntando a nós todos,
Em cessando o minuto:
- "Meu filho, que fizestes?"

Rodrigues de Abreu-Médium Chico Xavier
www.mensagemespirita.com.br

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Ter e Ser

Traços de insegurança e conflitos da infância passam para a idade adulta quando falta maturidade psicológica do ser.


Daí vem o apego às coisas e pessoas, com conseqüente rejeição de si mesmo, instabilidade emocional e desajuste social.

Sentindo-se frágil, o indivíduo busca realizar-se pela conquista de valores externos.

Acreditando-se merecedor de tudo em primeiro lugar, desconsidera os demais.

Asfixiando a razão pelos tormentos do ser, enlouquece na busca de novos haveres.

Depois da alegria fugaz da posse material, vem a ilusão da dominação arbitrária de outras pessoas, como conquistas a mais.

Mas ninguém vive bem sem a segurança de si próprio. Quem se dedica ao ter e reter, prossegue cheio de preocupações afligentes.

A conquista de si mesmo é realização que independe do ter e reter, mas não prescinde do interesse e luta envidada para ser.

A segurança psicológica pessoal centra-se no autoconhecimento, no auto-amor, no ser.

Joanna de Ângelis-Médium Divaldo Franco

Livro: O Ser Consciente(extrato do tema) Ed.LEAL

Difusora Espírita de Lições de Vida/Alagoas